No caso da poluição atmosférica, não basta determinar se os níveis de emissão cumprem ou não a legislação, sendo necessário avaliar se a qualidade do ar será perturbada pela emissão dos poluentes.
A mesma unidade processadora, com exactamente as mesmas condições de emissão, poderá causar impactes ambientais distintos quando transposta de um local para outro. Para o estudo da contaminação atmosférica adquirem particular significado as características topográficas e orográficas locais, as condições meteorológicas predominantes e excepcionais, e outros factores diferenciados, como por exemplo, a distribuição da população.
A metodologia a desenvolver num estudo de dispersão assenta por um lado na análise das emissões de poluentes esperadas, e por outro lado, na modelação do transporte e dispersão dos poluentes atmosféricos emitidos por uma terminada actividade industrial.
Dependendo da escala a que se pretende avaliar os impactes ambientais podem ser utilizados modelos de escala local ou escala regional:
Local - recorre-se normalmente a modelos gaussianos, sendo que a sua aplicação permitirá prever a variação das concentrações ao nível do solo associadas ao funcionamento do projecto.
Regional - com a modelação da dispersão pretende-se avaliar os padrões de transporte, dispersão e transformação dos poluentes fotoquímicos, pois estes dão origem a um tipo de poluição cujo impacte regional assume um significado particular. Os modelos utilizados, neste caso, são modelos de mesoscala.
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